domingo, 13 de julho de 2008

Mãos...

“Impossível definir o que sinto...

e o que sinto vem de você,

você que atormenta meus dias,

como diria um filme italiano:



“de dia penso em você Itália,

e à noite sonho...”



me acompanha suas palavras doces e insinuantes

desde do anoitecer quando deito em minha cama fria

até quando amanheço, e um novo dia começa

Poderia ser inocente, indecente, adolescente...

Uma mistura do obvio com o misterioso, enigmático...



Se o que sinto vem de você,

É você que tento desvendar...

Horóscopos já não me bastam,

Assim como suas palavras...

Já não me contento com o que suponho...



Quero seus dedos roçando minha nuca,

seus braços me envolvendo e me levando junto ao seu corpo... frágil

suas mãos buscando as minhas, pedindo meu toque...



Quero sentir seu cheiro que ficou em minha roupa da noite passada,

quero sua fala mansa e sua conversa interminável durante à madrugada...

devaneios nossos, só nossos enquanto resistimos ao sono persistente que teima em nos arrastar



Assim como você que amanhece comigo em meus pensamentos

quero amanhecer com você mesmo não tendo dormido...



E sim,

minhas mãos despidas, despidas de qualquer razão

de qualquer pretensão, de qualquer, qualquer...

tocarão seu corpo delicadamente, assim como um cego tateando o desconhecido...

querendo conhecer seu corpo, seus prazeres, receios...

Seu corpo para minhas mãos será um templo,

o templo onde as horas passam sem se notar

onde a paz é sentida

e o querer incomensurável”



(Inspirado em minha Deusa Coroada)

Presidente Prudente/SP, 06 de maio, de 2007.

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