quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Honra à Maria...

Quem disse que palavras mal postas não matam???
Matam mesmo, assim, de morte matada e morte morrida.
Morte morrida quando se morre de desilusão.
É morte triste e lenta, matam-se a esperança e a fé.
E morte matada quando mal interpretada.
Assim como foi o caso da atriz... moça lá de Sarapuí...
Contam que em sua partida ela se despediu com maestria..
Previa seu trágico fim, com certeza incontestável...
Dizia:
"me fui assim... simplesmente assim"

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Perdoa...

Ela atriz me diz:
"Do que vale um sapatinho de cristal se a peça não é de cinderela?"
- É meu bem, de nada vale... vale nada
Ela atriz me diz:
"e toda atriz tem uma poeta dentro de si mesma..."
- É meu bem, pensando bem, atriz e poeta são tudo a mesma coisa
Ela atriz me diz:
"seus pais te expulsaram? não agüentaram a magrela???"
- É meu bem, jogaram ela a magrela... 3 andares pensa!
Ela atriz me diz:
"Zezé voltou??? ah naaaaaaaaaooooooo!!!!!!!!!"
- É meu bem, ela voltou, todo mundo um dia volta... até tu...
Ela Atriz me diz:
(Ops... cadê a atriz??? A ATRIZ SUMIU! Chama a poeta, chama a poeta!)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Resposta...

Ah bruta flor do querer...
Peço licença aos doutores da arte
Aos guardiões do universo
Aos palhaços circenses

Para falar de ti
De mim
De nós
É preciso cuidado e reverência

Nossa história de tantas idas
De tantas vindas
De tanta vida
e tanto querer

Tão indefinida
Traçada pelas mãos do destino
Por nossas mãos separadas
Nossas mãos unidas

É assim um não saber
E querer
Não querer
E amar

Sempre paradoxal
Afim
Próxima e
Distante

O que posso dizer quando diz que me quer?
Não sei o que dizer
Também quero, oras
Sempre quis, tu sabes

Como afastar seus lábios dos meus?
São tão ordinários
Íntimos
Cúmplices

Só que é fatal
Sabemos o fim
É tão certo
O nosso fracassado amor

Ele é assim
Como é
Como está
E como sempre foi

É como um rádio
Que em certos momentos sintoniza
E n'outros
Nada se ouve

Quando sintoniza é tão bom
Basta pensar que o telefone toca
É só dar uma nota
Que tu cantas

Abraçar-te inteira, com braços, mãos e pernas
e te sentir assim em silêncio
É paz
Eternizada

Amo suas palavras
Que estimulam tanto as minhas
Amo suas rimas
Elas pedem as minhas

Te quero também meu bem
Subiremos e desceremos
Muitas vezes ao céu
E à terra, fonte da vida

Te regarei,
molharei seus pés
Secarei seu corpo úmido
Com a boca de quem vive na seca do nordeste

Ah bruta flor do querer
Ficamos assim então
Amando-nos nas diferenças
Mas, amando...

E isso basta!

*(Inspirada em "Te quero sim" ...)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Gi...

Nunca falei de uma das pessoas mais importantes da minha vida aqui neste espaço, talvez porque ela esteja tão presente em mim, nos meus dias, no meu pensamento, no meu mundo que nunca tenha me passado pela cabeça em escrever sobre ou para ela.
Hoje me ocorreu isso, porque pela primeira vez achei que eu tivesse ferido alguém que eu tanto amo. Causar dor àqueles que eu amo seria quase como a dor de uma amputação, machucar a mim mesmo.
Todos que me conhecem sabem da Gi, mesmo quem não conhece a Gi, porque “Gi” é palavra constante no meu vocabulário. Conhecer ela é conhecer um pouco de mim, dos meus dramas e conquistas.
Se definir alguém fosse possível, definiria Gi como força, honestidade e luta. Ela renasce a cada dia, brota das pedras, mina do chão... não sei como permitiram que ela se chamasse Gi e não Fênix.. enfim, coisas da vida que não se explica.
É essa sua bravura que me orienta, que me coloca em órbita, me faz pisar em chão firme. A ela devo muita coisa não só as tantas cervejas que já tomamos nos botecos da barra funda, mas também o apoio que me deu nos momentos mais difíceis, nas escolhas mais importantes... se um dia eu chegar a ser uma pessoa melhor, não tenho dúvidas de que isso se deu porque o destino me apresentou à Giane.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Meu pai...

Meu pai daria um autêntico “mineiro”, apreciador de boas cachaças, das mineiras é claro, fala mansa, muito bom de prosa que quando tu vai ver já perdestes a hora e compromissos, levados por tantos causos, tantas vivências. Meu pai também daria um autêntico “gaúcho”, admirador do Brizola e de bons churrascos. Meu pai também daria um autêntico “paranaense”, amante da terra roxa, madrugador e daqueles que de vez em quando arrisca um chimarrão. Isso tudo porque ele é um autêntico “brasileiro” devoto por sua terra, que para ele não existe fronteiras, divisas, é tudo uma coisa só. Sempre preocupado com os rumos do país e com aqueles que de alguma forma sofrem, seja com a fome, a discriminação, o preconceito.
Aprendo todos os dias com ele, principalmente a amar, amar as pessoas e a vida. Aprendo também a ser paciente e não exigir, apenas a colher os resultados daquilo que vamos plantando pelo caminho.
Meu pai é um autêntico “jovem” sempre disposto, boêmio e butequeiro. Agora deu pra virar hippie, cabelos compridos, barba, só falta cantar: “não, não chores mais” e bater palmas pro sol. O que eu acho adorável.
Posso dizer sem sombras de dúvida que tenho um pai inestimável e com absoluta certeza de que mais do que pai ele é meu amigo, meu companheiro, meu confidente, e essas três últimas coisas não me foram impostas eu que escolhi por ele ser o homem que é, esse homem que eu admiro todos os dias e que amo incondicionalmente.