terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O meu amor...


Pensei muito para decidir o que fazer com esse meu amor
Renunciá-lo?
Declará-lo?

Caminhei até o porto, onde o vento pudesse levar meus pensamentos
e quem sabe até conseguisse
levar o meu amor

Tentativa um tanto frustrada, já que era de um ingenuidade infantil
Vento carregar um amor???
Impossível

Amor não voa, não se desprende
É algo intrínseco
Inseparável do ser

Mas então o que fazer com esse amor?
Renunciá-lo?
Declará-lo?

Caminhei um pouco mais
e cheguei à casa do meu amor
Ah... quantas flores lindas naquele jardim!

Sol brilhante
De um quente suave
Águas límpidas, tranparentes

Meu encantamento foi respaldado por ter meu amor
Olhos singelos
Alma boa

Ao ver-te tão de perto me assustei
Parei! me afastei imediatamente
Sem dizer adeus

Essa pausa abrupta
De distânciamento desejado
Foi para poder me ver

E decidir...
Renunciar?
Declarar?

Silêncio!
Escute...
Tá bem aqui

Ouça meu amor a pulsar no meu peito
Sinta como ele é terno
Desprentecioso

Daqui ele não saí
Se um dia quiseres senti-lô
Ele estará aqui

Não o renúncio
Muito menos o declaro
Apenas tento esquecê-lo

E quem sabe um dia
Tu me faças lembrar
De como meu amor ainda é seu...


(Declaração verídica - Das cartas que não enviei)

São Paulo, 13 de janeiro de 2009.