segunda-feira, 30 de julho de 2007

Noite Fria, noite finda...

Segundo consta esta foi a noite mais fria do ano. Assim, noticia os veículos de comunicação.

“30/07/2007 - 05h53
Termômetros registram mínima 6ºc nesta madrugada
São Paulo - A madrugada desta segunda-feira na capital paulista pode ter sido a mais fria do ano. Segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), às 5h eram registrados 6ºC pela Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet) em Congonhas, na zona sul da capital paulista. Em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo, os termômetros marcavam 3ºC. A menor temperatura deste ano na cidade de São Paulo foi de 6,6ºC, no dia 5 de junho, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Ricardo Valota”


Nem precisava ver essa nota para saber que esta foi a noite mais fria. A senti, minha pele a acolheu e minhas mãos a tocaram.

No ritmado embalar desta madrugada gélida, meus pensamentos acalentaram minha alma. Reflexões sobre o que vivenciei nesta terra de junho até agosto permearam minha lucidez chegando até o sono mais profundo.

Acho que esta prática de exercitar o pensar tem ligação com os ensinamentos da gnose que tive contato aos 9 anos por acompanhar meus pais aos estudos. Recordo-me de alguns ensinamentos, como o de rever criticamente seus atos diários. O de se questionar com as cinco perguntas:

Quem sou?
De onde venho?
Para onde irei?
Por que existo?
Ser ou não ser?

Foi no espaço da gnose que folheei pela primeira vez “O Pequeno Príncipe”, bem como, assisti “Jardim Secreto” e fiz meditação. É engraçado, pois faz muito tempo e ainda ficaram resquícios impregnados em mim.

• Neste exercício pude notar quantas pessoas interessantes conheci e convivi nestes 2 meses e o que elas deixaram tatuado em meu sorriso.

Marcus ............................... Seu sorriso inesperado ilumina qualquer espaço
Maria ...................................... Não é à toa que tu é amiga do Patrick

Entre eles: Dani (MG), Wellington, Rafael, David, Michele, Japonês, André, Maria Bonita, Márcio, Sérgio, Flávia, Verônica, Maga, Ariane, Débora, vixi, e mais um bocado espalhado por aí.

Redescobri e encontrei a trupe que já estavam no meu coração, eles:


Ana Bacana .................................Força delicada de uma pequena margarida
Bob e Merlyn ................................................ Amores Incondicionais
Giane........“Vagabuuunda” Irmã tão amada (O que seria da minha vida sem tu???)
Tuco ...................................................... O mais terno e elegante
Nina ............................................................. Querida Picareta
Márcia...................................................... Melhor companhia não há
Bruno Manézão ........Nossa amizade dá seriado (haja tempo para contarmos todas as histórias)
Sabrina............................................... Linda e politicamente correta
Frank ........................................................... “Pô Frank sou eu”
Cris .............................................................. Amizade eterna
Papi ................................................................ Grande Homem
Patrick ................................................................... Meu amor

Entre eles: Paulinha, Jeca, Nilcio, Débora, Ana Paula, Natanael, Natanael, Mari, Aline, Ana Trilegal, Tatinha, Kelly, Gláucia, Thays, Maria, Diana, Daninha, Elmano e tantos outros.

Álbuns que me acompanharam:

Ney Matogrosso interpreta Cartola


Gilberto Gil Unplugged



Chico Buarque
Chico César
Ná Ozzetti

Canções Marcantes:

Alguém me Avisou (Dona Ivone Lara)
Mandacaru (Chico César)
Tenho Sede (Gil)
Capitu (Na Ozzetti)
Não Vá Ainda (Zélia Duncan)
Cheiro de Amor (Maria Bethânia)
Espatódia (Nando Reis)
Trocando em Miúdos (Chico Buarque)
Cartola (Tive, Sim!) – rendeu-me horas de discussão
Estácio, Holly Estácio (Luiz Melodia)

Filmes nos tempos da serenidade:

Love Story – Uma História de Amor (“Amar é jamais ter que pedir perdão”)
Imagine Me & You - Imagine eu e Você
Harold and Maude
Procura-se uma Amor que Goste de Cahorros
E sua mãe também
Melhor Impossível
Mulholland Drive – Cidade dos Sonhos

Peças para fugir dos botecos e apreciar grandes interpretações:



Queen - a festa
(60min, livre) - Espetáculo interativo.
texto e direção: César Ribeiro
elenco: Sergio Silva Coelho
Durante a comemoração do aniversário da Deusa da Loucura, a platéia é convidada a beber vinho e a dançar ao som de música disco.

Desconstrução
(60min, livre) - Exposição dramática
texto e direção: César Ribeiro
elenco: Cleiton Pereira, Everson Romito, Ruy Andrade, Selma Trajano, Tarcila Albuquerque, Tiago Mine, Ubiratan Honoratto e Ulisses Sakurai
No formato de uma exposição, o público seleciona a ordem do espetáculo, composto de uma série de crônicas que refletem sobre a vida nos centros urbanos.

Shows (na faixa, rs):

Flávio Venturini
Ná Ozzetti
Elza Soares
Luiz Melodia

• Livros:
A Paixão Segundo G.H. – Clarice Lispector (Presente da Ana)

Exposições:

O Corpo Humano
Clarice Lispector – A Hora da Estrela

Musical:
"Odara – Tradição, Cultura e Costumes de Um Povo"

Afora os momentos de descontração e vivência acompanhou-me a saudade, saudades daquilo que ficou.

Minha Casa ............ Minha Vida Contínua
Mami ...................Abraço que faz falta, sem falar da comida
Magdão ................. Conversas Intermináveis
Déh .................... Sensatez (que tantas vezes me falta)
Marcelo ............... Humor Inteligente
Laine .................. Bagre Ensaboado
Vilin .................. A companhia e o tereré (é claro)
Anikola .............. do transformar das tardes entediantes em momentos divertidíssimos
Poía Biscatinha........ da preguiça e a vontade de nada fazer além de comer doritos

Carolina, Carolina ..... (meu coração aperta...) aí Carolzita que falta sinto da sua padaria... rs... (brincadeira).. sinto falta do seu entusiasmo, do “ato falho”, complexo de édipo, Lacan, Freud, “Índia seus cabelos nos ombros Caídos”, porra Cá... que saudade d’ocê cara. Você é foda mesmo. Tu sabe bem o quanto te admiro né sua biscatinha? Terapeuta Pós Doc. em Harvard. Seu futuro é brilhante.

Kelly e Jami .......dos nossos planos mirabolantes de conquista, um dia a gente chega lá... rs é só não perder a fé e colocar em prática as cartinhas anônimas...kkk

Li ................... e meu peixe, pô??? Espero que não tenha comido. Oh, saudadona de admirar-te diariamente. Com essas buchas que aparece é só rebolando pra dar conta do recado. Se contar nem Deus acredita.

Galera do Rosa ....... seus picaretas, falta dos papos noite à dentro contando com a carícia do Biroca. Só ele me recebe bem naquela casa.

Mutuca e Thiago ....... eita nosso baralhinho, kanthan, kanthanzinha

Carinet .............. bons tempos o do Fuket e o mirar da estrelas em Mauá

Rejiane ...............da conjuntura “Pontalesca”

Casa dos Meus Velhos ... Jardim, mesa de pedra, tv, acordar com a sinfonia dos pássaros, madrugada no sereno....

Tia Sirlena (babá) ...... creia, um dia daremos jeito nessas meninas


Escrevendo sobre minhas saudades, descobri que eu sentia mais saudade do que eu pensava. Vontade de vê-los, abraçá-los, senti-los. Contar umas mentiras com o meu mais novo sotaque paulistano. rs


Sampa

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo, afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso o avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de Campos e espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan Américas de Áfricas utópicas túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

Caetano Veloso


Sampa “muito friorenta”, 30 de julho de 2007.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

IMPERDÍVEL...

Queridos amigos,
fica aí uma indicação: VEJAM ESTE ESPETÁCULO.
De uma qualidade incomensurável. Mais do que um simples espetáculo de dança, este comporta ensinamentos sobre a cultura afro, tão rica e importante. Suas músicas, danças, crenças, culinária, que até hoje se perpetuam no mundo e é tão pouco valorizada.
Márcio Telles, conseguiu congregar belamente num só espetáculo a cultura afro em suas mais diversas dimensões. Isso não é para qualquer um.
Vale ressaltar, que o espaço onde o espetáculo se dá é um antigo cabaré capaz de embasbacar qualquer pessoa. Suas características originais foram mantidas, o que nos remete a um outro tempo a um outro mundo.

NÃO DEIXEM DE IR...







Peça do Grupo Omo-Ayê reúne teatro, dança e música afro

"Odara – Tradição, Cultura e Costumes de Um Povo", musical afro encenado pelo Grupo Afro Cultural Omo-Ayê, está comemorando dois anos em cartaz na cidade de São Paulo. São mais de cem apresentações no palco do Café Concerto Uranus (Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 40 – Campos Elíseos), Centro. As apresentações acontecem todas às quintas-feiras, às 21 horas.

A peça, escrita e dirigida por Márcio Telles, reúne teatro, música e dança para falar sobre a criação do mundo, segundo a cultura Yorubá, grupo étnico africano que representa 18% da população da Nigéria, com comunidades pequenas no Brasil.

O elenco, com 45 atores, dançarinos e percussionistas, se reveza em um texto interativo, onde figuram Orixás, capoeira, samba de roda e batuques. A história é contada por um negro "centenário", vivido pelo ator Márcio Telles, que vivenciou glórias e tragédias de um povo africano. O personagem faz sua narração se misturando à platéia e convida para uma viagem musical, com efeitos de luzes, que parte do Continente Africano e chega ao Brasil, com uma explosão contagiante de sons. A proposta do grupo também é a reflexão para temas como discriminação racial, inclusão étnica e valorização da cultura afro-brasileira e africana.

Espetáculo Musical: Odara – Tradição, Cultura e Costumes de Um Povo, com direção geral de Marcio Telles, no Café Concerto Uranos, na Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 40 – Campos Elíseos (Centro).Ingressos: R$ 25,00. Desconto: 50% para reservas pelo telefone (11) 3822-2801 | Informações e Reservas: (11) 3822-2801.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Destino...



Imagem retirada do site: http://www.imanmaleki.com/en/Galery/

“Um passo,
Uma pausa...

Calo-me e
Nada digo...
Sigo

Finjo que não quero,
Mordo os lábios para não sentir

Atirar-me!?
Mais uma vez ???
Sei não

Frio que percorre a alma...
Alma que persegue o vento...

Seja lá o que for,
Estou a caminhar,

Encontrar Iemanjá,
Ou uma flor à beira mar...”



Sampa, julho de 2007.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Estrela Minha



Imagem retirada do site: http://www.flickr.com/photos/takao/382691647/

Pressa?!
Como apressar o expelir das palavras, uma vez que estas fogem encabuladas???
Como serenar se o destino prega peças a todo instante???
Impossível seduzir as estrelas quando os olhos se negam a mirar o céu.
Para encanta-las a labuta é exaustiva e é preciso seguir sem vacilo os 5 passos:

1º) Ficar atento aos sinais advindos do céu;
2º) Ter paciência;
3º) Caminhar desprotegido no sereno da madrugada;
4º) Adormecer com a face encostada no seio da lua; e, por fim...
5º) Cantarolar alegremente:
“Sol, entenda o meu drama
Deite-se na cama e permita ao meu amor, amanhecer.”


Sampa em algum boteco do Arouche, 13 de julho de 2007.



Musica do Dia:

Chico César - Flor do Mandacaru



Manda,caru
Flor de mandacaru pra mim
Que é pra botar no xaxim
Em cima da televisão

Manda, caru
Uma flor dessa do sertão
Uma flor de cardo
Pra alegrar meu coração

Só pra guardar de recordação
Do tempo da meninice
Pois de recordar carece
Como uma prece sem fim
Manda, caru
Flor de mandacaru pra mim

Pelo correio ou de caminhão
Num barco do são francisco
Peço que você se apresse
Que a saudade é ruim
Manda, caru
Flor de mandacaru prá mim

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Reflexão Imprescindivel...



Foto localizada no site: http://www.imanmaleki.com/en/Galery/sunlight.htm

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O que não se faz por uma lavagem de prato?!

Todos os dias o almoço é coletivo. Faz-se a fila, pratos nas mãos, algumas pessoas que já passaram por essa fase encontram-se sentados saboreando o seu mais delicioso almoço.

Como é de costume e nada mais justo, cada qual se responsabiliza pela limpeza de seu prato após o término da refeição, ótimo.

Hoje não foi diferente, a não ser o tema: "O filme belissimo que vi no fim de semana".

Socializando essa felicidade com Nina e sugerindo que ela assistisse o mesmo, ela inicia o interrogatório.

- Ah, o filme é interessante??? Do que se trata?

- O amor entre um jovem de 18 anos e uma senhora de 80.

- kkkkkkkkkkkkkkkkkkk (Riso coletivo, acho que mais gente estava prestando atenção na prosa)

Outro que não a Nina inclui-se na conversa....

- Ah... então ela era a mocinha do filme???

- kkkkkkkkkkkkkkkkkk (Riso coletivo novamente)

Outro pergunta de lá...

- A senhora era rica né???

- Não, absolutamente. Ele que era possuidor de bens, ela nada tinha.

- kkkkkkkkkkkkkkkkk (Idem)

- Então, continuando. Os dois eram excêntricos tinham como hobby frequentar enterros, inclusive se conheceram num deles.

- kkkkkkkkkkkkkkkk (idem)

Outro sugere...

- Ah, ela deveria estar acompanhando os enterros para despedir-se dos amigos e como ela era a mais nova do enterro o garoto resolveu ficar com ela.

- kkkkkkkkkkkkkkk (Riso Geral)

- Mas e aí Paloma, prossiga... Ele casou com ela não???

- Ele tentou, além de comunicar à mãe o fizeram aconselhar-se com um padre, um general e um psicanalista e todos repudiaram tal idéia.

Outro lá do fundo grita...

- Mas e aí.. O que acontece??? Ela morre???

- Ah... não vou contar o final, né???

- (Em coro)... CONTA PALOMA...

- Que isso gente... ISso não se faz, não serei a chata da história.

- (Em coro novamente) AH NÃO... CONTA PALOMA...

- Quem irá lavar meu prato???

Nina (curiosa à ponto de ter um treco) prontamente retira-me o pato das mãos.

- Dá aqui que eu lavo, mas, conte o fim do filme.

- Então (com o sorriso de ponta à ponta, hehehehe)... Ele faz um festa surpresa para ela, e ...

(É gente, não contarei o fim do filme aqui no blogger, pois é chato fazer isso)

- MAS E AÍ... QUEM AÍ LAVA O MEU PRATO???

terça-feira, 10 de julho de 2007

Hoje acordei com um pouquinho de sono, mas, disposta a cumprir uma programação que no dia anterior havia planejado. Feliz da vida por ter acordado mais cedo, praticado exercícios, comido uma banana, e tomado um banho quentinho saí de casa numa paz que nem pisar na merda me roubaria o sorriso da face. Nesse meio tempo, vim refletindo sobre o cabelo branco que durante o banho me pousou na mão, sobre a chegada dos anos, sobre a falta de cuidado com o corpo, e a necessidade de o faze-lo o quanto antes, sobre os amores e desamores e paixões na terceira idade.
Eis que um filha da puta me rouba o sorriso, além de várias palavras de ódio e vários pensamentos lhe rogando uma praga para o resto da vida. É gente, hoje passei pelo teste do metrô lotado e um cara tarado (isso não é novidade para as mulheres paulistanas, pois acontece todos os dias). Sem maiores traumas e sem nenhuma neurose (já que sei bem me defender) deixo aqui minha indignação e repúdio aos homens e mulheres que ultrapassam o bom senso e colocam em prática os desejos da carne. Como qualquer pessoa já desejei outrem, já quis arrancar a roupa e jogar na parede quem me causava tamanho desejo (pessoas conhecidas ou jamais vistas), mas, nunca o fiz. E quando o fiz foi consensual. Caralho, agora impor isso ao outro ou faze-lo em surdina é absolutamente reprovável. Enfim... deixando esse dissabor de lado, falemos do que realmente importa.
Já comecei a talhar meu mais novo samba, que logo o cantarei aqui por entre essas bandas. É um samba alegre, simples, pra ser tocado em qualquer bodeguita e olha que de bodeguita eu entendo.
Bom... para finalizar e voltando a reflexão do início do dia... acho que estou ficando velha, até cabelo branco eu tenho, sambo com os dedinhos pra cima e agora só me falta entrar no banho de havaianas. Rs... O que me consola é os amores vindos na terceira idade, já vi tantos amigos de mais idade se apaixonando novamente, como se fosse a primeira vez. Já freqüentei muitos bailes da terceira idade, Bob e Patrick que o digam, nunca nos divertimos tanto como naquelas noite de forró suado. Jamais me esquecerei dos encontros casuais que tive com avós e avôs de amigas minhas às 4hs da matina com o umbigo encostado no balcão ou rebolando na pista de dança.

Ahhh... como indicação deixo aqui um dos filmes mais belos que já assisti em toda a minha vida...




Harold (Bud Cort) é um jovem de 17 anos soturno e misterioso com uma estranha obsessão pela morte, que gosta de espreitar funerais e de simular suicídios para chamar a atenção da sua mãe, uma socialite demasiado preocupada com o chá das cinco. Maude (Ruth Gordon) é uma anciã de 79 anos, alegre e vivaça, que também gosta de espreitar funerais, mas antes pela estranha obessão que nutre pelo ciclo da vida. Como considera a morte uma parte integrante da vida, frequenta os funerais com roupas de cores alegres e um guarda-chuva amarelo.
Juntos vão construir uma relação de amizade e amor, que vai quebrar tabus e preconceitos.

(Obs. essa síntese do filme foi a única que encontrei, mas, é péssima. Quem mesmo assim quiser vê-la na íntegra é só acessar o site: http://cinephilus.blogspot.com/2005/10/harold-e-maude-ttulo-harold-and-maude.html)

Ah... agradeço a Cris e a Kelly por me apresentar este filme, este foi mais um dos aprendizados que me fora proporcionado por essas duas grandes amigas. Agradeço também pelo fim de semana que foi ótimo, pela água de cocô, pelo passeio de moto e pelos conselhos bem oportunos. Um beijo com carinho em vocês

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sexta...

Mundo aos meus pés
(Los Hermanos)


Nada parece tão só quando estás aqui pra me dar seu amor
Quando estás aqui pra me dar seu desejo
Meu bem você traz o mundo aos meus pés, mundo aos meus pés

És a rosa que brilha no sol
És estrela de luz sobre o luar
És o amor de mais pura emoção
És verdade entre o céu e o mar
E o mar não há de ir

Embora pareça que estou apenas contando histórias de amor
Eu já não sabia mais como dizer que eu te quero tanto.
Brilhas como o sol

És a rosa que brilha no sol
És perfume de rosa na mão
És a cura mais forte pra dor
És certeza entre o sim e o não
E não amar você é
Loucura

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Uma canção singela, brasileira...

“Ontem me veio a idéia de escrever uma canção. É, nos tempos do cólera que a inspiração transborda. Recordo-me de uma amiga lacaniana dizendo que isso chama-se sublimação, acho que é isso, sublimação. O ato de transportar para arte (se é que meus escritos podem ser assim denominados) os sentimentos, sejam angústias, felicidades, enfim, tudo que permeia as dores humanas. Para não escrever bobagens resolvi buscar o sentido da palavra num dicionário que tenho às mãos, este diz:

SUMBLIMAÇÃO, s.f. Ato ou efeito de sublimar; transformação do impulso vulgar a domínio religioso, metafísico ou artístico.”

Bom, não confio muito em dicionários, pois eles são preconceituosos. Assim, se alguém souber realmente o que a psicologia fala sobre o tema, fique à vontade para expor a verdade aqui neste cantinho.

Então, voltando... mas, não escrevi a canção não. Tenho certeza que ela seria das mais melancólicas, daquelas de que o pai foi comprar o cigarro na esquina e nunca mais voltou, deixando a mulher com 7 barrigudinhos pra cuidar.

Hoje até poderia escrever uma canção, só que teria de ser um samba, pois o samba é alegre, sacana. Lógico, tem aqueles de desilusões, mas, mesmo estes têm um sabor de pecado.

Cartola é foda. Corre atrás do perdido sempre. Depois de fazer as cagadas escreve à mulher amada ...“volto ao jardim com a certeza que devo chorar, pois bem sei que não queres voltar para mim”... Já Vinicius é o conquistador nato, chuta de escanteio e marca de cabeça (tá vendo? Também entendo de futebol – lembranças das aulas de futsal motivadas por uma paixão pelo técnico) “e na luz dos olhos teus, eu acho o meu amor e só se pode achar.. que a luz dos olhos meus precisam se casar”... o cara falava até em casório, pode? Se não bastasse, ele era como aqueles bandidos que além de vender a mãe a entrega... pois é, ele dizia que ia casar e casava, nove vezes, nove vezes, nove vezes.

Pensem, 9 vezes conhecendo a família das noivas, fingindo gostar da comida, 9 sogras e 9 sogros, 9 vezes agüentando os cunhados malas e fazendo gracejos com os sobrinhos... Ai ai ai... isso não é pra qualquer um.

Bom, vou parando por aqui minha paranóia delirante, pois ainda tenho de andar pelas ruas de Sampa, pegar o metrô dos exaustos (essa hora é a volta para cara casa de quem saiu às 5hs da matina, não é à toa que entram em transe no vai e vem do trem) e ainda topar com os migrantes do Brás que tentam se esconder do frio com uns pedacinhos de papelão.”

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O que sobrou...

“Resta-me um tempo limitado, preciso, mas, resta-me...
Resta-me um pouco do desejo de outrora,
Resta-me também a admiração que por horas torna-se desencanto...

Resta-me um desejo de vida,
de paixões,
Mas, resta-me o cansaço de viver tudo outra vez...

Resta-me o compromisso descompromissado com as coisas do dia a dia,
Resta-me à vontade de nada fazer,
apenas calar, e
embalar-me nos braços da noite,
que me acariciam e me acolhe tão amavelmente...

Resta-me um pedaço de ar,
e um suspiro preso no passador”

Sampa, 04 de julho de 2007.

Quarta...

Años
Mercedes Sosa
Composição: Pablo Milanés

Mercedes sosa & fagner

Años

El tiempo pasa nos vamos poniendo viejos
Yo el amor no lo reflejo como ayer
En cada conversación cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo de razón

El tiempo pasa nos vamos poniendo viejos
Yo el amor no lo reflejo como ayer (como ayer)
En cada conversación cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo de razón

Vamos viviendo viendo las horas
Que van pasando las viejas discusiones
Se van perdiendo entre las razones
A todo dices que si a nada digo que no para poder construir
Esa tremenda armonia que pone viejo los corazones

Porque el tiempo pasa nos vamos poniendo viejos
Yo el amor no lo reflejo como ayer
En cada conversación cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo de temor

Vamos vivendo vendo as horas
Que vão passando as velhas discussões
Vão se perdendo entre as razões
A tudo dizes que sim a nada digo que no para poder construir
Esa tremenda armonia que pone viejo los corazones

El tiempo pasa nos vamos poniendo viejos
Yo el amor no lo reflejo como ayer
En cada conversación cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo de razón

Porque el tiempo pasa nos vamos poniendo viejos
Yo el amor no lo reflejo como ayer

terça-feira, 3 de julho de 2007

Canceriana Convicta



Olhos de Jardineiro
Zé Geraldo
Composição: Zé Geraldo

Esperar
é acreditar
A vida me ensinou a esperar

Quantas vezes eu quis ter
um jardim pra te dar
Quando tinha a terra
faltava a semente
Quando tinha semente
vinha a chuva forte
e levava tudo embora

E pra complicar
Andei por caminhos
tortuosos
Foi difícil voltar

Tivemos noites de vendavais
E em noites de vendavais
o dia demora a chegar
E foi assim

Ainda bem que desses anos todos
guardamos restos de sonhos
Rabiscos, pedaços de versos
Canteiros do nosso jardim
Vem ver

A Primavera floriu
Flor de Maio tá tão linda
Inda nem é abril
Onze horas sem-vergonha
dá por todo lado
Beija-flor apaixonado todo dia vem beijar
e contar os botões
que ainda tem pra abrir
E partir em busca
de outras flores
em outros jardins

Já estive com outras flores
em outros jardins
Hoje estou aqui
pra te regar
te proteger dos ventos
Te cuidar
Te servir
pra o que for
Os olhos do jardineiro
é que abrem o botão da flor

Parabéns Lindona.
Beijo Grande

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Música do Dia

Diz Que Fui Por Aí
Luiz Melodia
Composição: Zé Keti / Hortêncio Rocha

Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando um violão debaixo do braço
Em qualquer esquina, eu páro
Em qualquer botequim, eu entro
E se houver motivo é mais um samba que eu faço
Se quiseres saber se eu volto diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim

Eu tenho um violão para me aconpanhar
Tenho muitos amigos, eu sou popular
Eu tenho a madrugada como companheira
A saudade me dói no meu peito me rói
Eu estou na cidade eu estou na favela
Eu estou por aí sempre pensando nela

Pensando nela... Pensando...

Resposta: O amor chega assim, calado na surdina. Quando não esperado nem planejado é ainda melhor.