quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Paulo São

Fico a flertar Sampa, ela é um tanto ingrata. De sã nada tem, a não ser o nome. E em meio à loucura de seus caminhos, a rudeza de teu traço marcante, ofego, suspiro segurando o gozo profano.
Desvairada sigo seus passos, às vezes ouso e sambo contigo no meio de uma bodega qualquer, e olha que nem sei dançar.
O paradoxo de suas possibilidades me deixa ora noviça ora rebelde. Em suas casas noturnas amanheço. Encontro pela madrugada uma moça de cabelo rosa ensaiando um salto ornamental nos trilhos do metrô, deixo-a exercer seu livre arbítrio, cada um segue o caminho que acha melhor, se ela deseja ir pelos trilhos, lá vou eu pelas escadas rolantes.
Quando em casa chego fico feliz ao ver o nascer do sol, pego um pão na padaria do lado da oficina, cumprimento no elevador a senhora com o cachorrinho do 2º andar, deito no sofá e sorrio satisfeita lembrando das amizades conquistas, do nordestino que conheci tomando cachaça ou da namorada da Nanda a cantora do bar onde passei a noite.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Rosa



“Quando em dias de vento ela se desnuda
Ou em dias de seca ela se contrai

Quando se delícia com as gotas de chuva
Ou na escuridão da noite se cala

Quando ela desperta em mim o querer
Ou me faz roubar-te em pétalas ... a culpa é somente dela por ser assim tão bela”