quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Paulo São

Fico a flertar Sampa, ela é um tanto ingrata. De sã nada tem, a não ser o nome. E em meio à loucura de seus caminhos, a rudeza de teu traço marcante, ofego, suspiro segurando o gozo profano.
Desvairada sigo seus passos, às vezes ouso e sambo contigo no meio de uma bodega qualquer, e olha que nem sei dançar.
O paradoxo de suas possibilidades me deixa ora noviça ora rebelde. Em suas casas noturnas amanheço. Encontro pela madrugada uma moça de cabelo rosa ensaiando um salto ornamental nos trilhos do metrô, deixo-a exercer seu livre arbítrio, cada um segue o caminho que acha melhor, se ela deseja ir pelos trilhos, lá vou eu pelas escadas rolantes.
Quando em casa chego fico feliz ao ver o nascer do sol, pego um pão na padaria do lado da oficina, cumprimento no elevador a senhora com o cachorrinho do 2º andar, deito no sofá e sorrio satisfeita lembrando das amizades conquistas, do nordestino que conheci tomando cachaça ou da namorada da Nanda a cantora do bar onde passei a noite.

4 comentários:

Unknown disse...

Ahahahahah
engraçadinha!
Só se lembra da namorada da Nanda neh?? E o resto que não foi comentado nesse blog! rs

Eh , São Paulo, cidade nada santa, como dizeste e cheia de mistérios em suas esquinas a serem desvendados...

Ari

Pá Mariano disse...

Bom texto Pá, tá meio antiguinho né? Atualiza aí Pá, escreva mais.
Que eu não tem mando mais calar a boca, juro! rs....
bjos

DIZDIZENDO disse...

Pra mim, o mais enlouquecedor de São Paulo é a cozinha, tem de tudo frito, cozido ou cru, todos os bichinhos do mundo são pra comer, todos os temperos e misturas e a balança corre igual a uma doida!!! Pra cima, claro...
bj.

Paloma Gomes disse...

Nem me fale em comidas.
Essa variedade paulistana acaba comigo. Ora é um pão com mortadela no Mercadão, ora um feijuca no bar da esquina. Assim é fica difícil levar uma vida saudavel.
Beijos