terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Paixões!?

É difícil escrever quando tudo parece estar em ordem, sentimentos equilibrados, nem paixão demais, nem de menos, e como todos sabem foi esta que por muito tempo me moveu, tanto é verdade, que já fui devota de São Vinícius de Moraes, além de suas palavras as canções também me acompanhavam. Hoje não mais me movo por paixões, deixei de deseja-las. Antes me pautava a célebre prece:

“Mesmo o amor que não compensa é melhor que solidão”
(Palavras do Santo)

Não posso negar que paixão também é bom. É sim. Em intensidade ela é imbatível. O desejo jorra pelos poros, o coração dispara a qualquer sinal de reciprocidade e o olhar nada vê além do ser “idealizado”.
Ela é tão empolgante que nada nos detém, distância, grana, tempo, nada. Quem já viveu uma paixão sabe bem sobre o que estou falando. Recorda-se da passagem paga parceladamente no cartão de crédito, do abrir da conta telefônica no final do mês ou daquelas férias antecipadas que negociou com o patrão??? Pois bem, aí estão os sintomas da dita cuja.
Mas com o passar do tempo outras necessidades surgem. Os anos e as desilusões nos provam que o ser “ideal” não existe. Que o que esquenta queima e que o imediato não tem melhor sabor do que a constância.
O tranqüilo o sereno que não desespera, o que não atormenta faz bem. Aos pouquinhos valorizamos o que é construído pacientemente, através das descobertas diária de si e do outro.