Ah bruta flor do querer...
Peço licença aos doutores da arte
Aos guardiões do universo
Aos palhaços circenses
Para falar de ti
De mim
De nós
É preciso cuidado e reverência
Nossa história de tantas idas
De tantas vindas
De tanta vida
e tanto querer
Tão indefinida
Traçada pelas mãos do destino
Por nossas mãos separadas
Nossas mãos unidas
É assim um não saber
E querer
Não querer
E amar
Sempre paradoxal
Afim
Próxima e
Distante
O que posso dizer quando diz que me quer?
Não sei o que dizer
Também quero, oras
Sempre quis, tu sabes
Como afastar seus lábios dos meus?
São tão ordinários
Íntimos
Cúmplices
Só que é fatal
Sabemos o fim
É tão certo
O nosso fracassado amor
Ele é assim
Como é
Como está
E como sempre foi
É como um rádio
Que em certos momentos sintoniza
E n'outros
Nada se ouve
Quando sintoniza é tão bom
Basta pensar que o telefone toca
É só dar uma nota
Que tu cantas
Abraçar-te inteira, com braços, mãos e pernas
e te sentir assim em silêncio
É paz
Eternizada
Amo suas palavras
Que estimulam tanto as minhas
Amo suas rimas
Elas pedem as minhas
Te quero também meu bem
Subiremos e desceremos
Muitas vezes ao céu
E à terra, fonte da vida
Te regarei,
molharei seus pés
Secarei seu corpo úmido
Com a boca de quem vive na seca do nordeste
Ah bruta flor do querer
Ficamos assim então
Amando-nos nas diferenças
Mas, amando...
E isso basta!
*(Inspirada em "Te quero sim" ...)
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
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